Esse meio estabelecido pelo Senhor deve ser a autoridade máxima sobre a nossa vida. Isso significa que a Igreja e a sua tradição não podem estar acima da Palavra de Deus. A nossa própria consciência precisa ser submissa a ela. Precisamos interpretá-la com a máxima objetividade não permitindo que os nossos pressupostos prevaleçam e direcionem a interpretação.
Entendemos que a Bíblia, composta pelo Antigo e Novo Testamentos, é a Palavra de Deus. Por meio do seu Espírito, o Senhor inspirou os seus escritores de modo que a mente de Deus é o espírito das Escrituras. Isso significa que os autores bíblicos registraram somente aquilo que Deus quis.
Sendo assim, rejeitamos a idéia de que a Bíblia contém a Palavra de Deus no sentido de que a palavra do Senhor é apenas uma parte do seu conteúdo e o restante é formado de palavras de homens não autoritativas.
Ao contrário, reafirmamos toda a Bíblia como inerrante, fonte única da revelação escrita de Deus e apta para constranger a consciência. Ela, sozinha, ensina tudo o que é necessário para nossa salvação sendo a referência do comportamento cristão (I Tm 3.16)
Essa convicção de que a Bíblia é a Palavra de Deus, de que ela é perfeita, ou seja, não precisa de aumento ou diminuição, e infalível é uma obra do Espírito Santo em nosso coração. Por isso, somente o cristão a possui (I Co 2.14).
Hoje em dia, há uma grande necessidade de que os crentes não somente creiam na autoridade da Bíblia, mas também vivam conforme o seu ensino. Não podemos servir a Deus somente com os nossos lábios e não servi-lo com o nosso coração (Is 29.13; Mt 7.21-23).
Corremos o grande perigo de enfatizarmos a nossa herança teológica baseada em uma interpretação sadia das Escrituras e não praticá-la em nosso viver diário. Mais do que falar sobre Deus, precisamos caminhar com ele no dia-a-dia (Jo 17.3).
Atualmente, a igreja enfrenta vários desafios: a) ênfase na prosperidade e não em mudança de vida; b) o crescimento imaturo e sem base bíblica das igrejas mais avivadas; c) a frieza daqueles que professam uma fé conservadora; d) o materialismo e o hedonismo (busca do prazer) da sociedade moderna; e) o crescente individualismo, indiferença e egoísmo das pessoas; etc.
A única forma de encararmos esses desafios e superá-los será reconhecendo a autoridade da Bíblia e, em humildade, nos sujeitarmos ao seu ensino (Is 8.20-23).
Nenhum comentário:
Postar um comentário