sábado, 30 de abril de 2016

MEDITAÇÕES NO BREVE CATECISMO DE WESTMINSTER - (Pergunta 1) - Professor Pádua



O homem tem vários propósitos nesta vida (estudar, trabalhar, constituir família, etc.), mas o principal deles é o de glorificar a Deus. Isso decorre do fato de termos sido criados assim por ele. Glorificar a Deus é exaltar quem ele é, reconhecê-lo por seus atributos e colocá- lo em primeiro lugar em nossa vida (I Co 10.31).

De modo prático significa crer nele, confessá-lo diante dos homens, louvá-lo, defender a verdade da sua Palavra e viver as virtudes do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22, 23).

Além disso, devemos utilizar para Deus as capacidades que ele nos deu. Não fazendo isso por obrigação, mas motivados pelo seu amor revelado na morte de seu Filho para nos salvar (I Pe 4.10, 11).

Perceba que glorificar Deus precede o desfrutar de sua companhia e de suas bênçãos. O que vemos atualmente é justamente essa inversão, ou seja, as pessoas buscam as dádivas divinas sem terem compromisso com ele, sem glorificá-lo. Vamos memorizar um versículo a fim de não esquecermos que devemos adorar o Senhor com a nossa vida antes de gozar toda a alegria que ele pode nos oferecer: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo ...” (Sl 42.1.2a)

A lição dessa pergunta é mostrar que não basta afirmarmos a nossa fé em Deus se não vivemos para ele em nosso dia-a-dia. Isso explica o nível baixo de vida espiritual dos crentes, sua frieza e formalidade sem poder. O Breve Catecismo começa nos colocando no relacionamento correto com o Deus soberano: primeiro o glorificamos, depois, como resultado, gozamos de sua comunhão. Precisamos deixar as desculpas para justificar a nossa negligência no relacionamento com Deus (a falta de tempo, o estresse da vida moderna, as diversões, a preocupação com os negócios da vida, etc.) e colocar em prática o que a Palavra de Deus nos ensina. Sem isso, desfrutar a companhia do Senhor, que é o maior bem que existe (Sl 16.11, Sl 73.24-26), será uma realidade distante.

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