O
homem tem vários propósitos nesta vida (estudar, trabalhar, constituir família,
etc.), mas o principal deles é o de glorificar a Deus. Isso decorre do fato de
termos sido criados assim por ele. Glorificar a Deus é exaltar quem ele é,
reconhecê-lo por seus atributos e colocá- lo em primeiro lugar em nossa vida (I
Co 10.31).
De
modo prático significa crer nele, confessá-lo diante dos homens, louvá-lo,
defender a verdade da sua Palavra e viver as virtudes do fruto do Espírito
Santo (Gl 5.22, 23).
Além
disso, devemos utilizar para Deus as capacidades que ele nos deu. Não fazendo
isso por obrigação, mas motivados pelo seu amor revelado na morte de seu Filho
para nos salvar (I Pe 4.10, 11).
Perceba
que glorificar Deus precede o desfrutar de sua companhia e de suas bênçãos. O
que vemos atualmente é justamente essa inversão, ou seja, as pessoas buscam as
dádivas divinas sem terem compromisso com ele, sem glorificá-lo. Vamos
memorizar um versículo a fim de não esquecermos que devemos adorar o Senhor com
a nossa vida antes de gozar toda a alegria que ele pode nos oferecer: “Como
suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a
minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo ...” (Sl 42.1.2a)
A
lição dessa pergunta é mostrar que não basta afirmarmos a nossa fé em Deus se
não vivemos para ele em nosso dia-a-dia. Isso explica o nível baixo de vida
espiritual dos crentes, sua frieza e formalidade sem poder. O Breve Catecismo
começa nos colocando no relacionamento correto com o Deus soberano: primeiro o
glorificamos, depois, como resultado, gozamos de sua comunhão. Precisamos
deixar as desculpas para justificar a nossa negligência no relacionamento com
Deus (a falta de tempo, o estresse da vida moderna, as diversões, a preocupação
com os negócios da vida, etc.) e colocar em prática o que a Palavra de Deus nos
ensina. Sem isso, desfrutar a companhia do Senhor, que é o maior bem que existe
(Sl 16.11, Sl 73.24-26), será uma realidade distante.